exposição

Fome de criar
a incorporação do ciberespaço nas artes

um questionamento sobre as transformações culturais,

a imersão no universo-metaverso

e a utilização de novos meios tecnológicos nas artes.

A Xepa.Gallery tem a satisfação de conectar a sua primeira exposição Fome de criar: a incorporação do ciberespaço nas artes com curadoria de Mariana Braoio. Reunindo obras de cyber-artistas híbridos brasileiros, Angela Od, Beatriz Belo, Cechk, Lumanzin, Raaf, Rafael Spif, Rodrigo Pinheiro em Paste in Place são os criptoartistas Xepa.Gallery de sua primeira cripto residência artística. A mostra propõe um questionamento sobre as transformações culturais, a imersão no universo-metaverso e a utilização de meios tecnológicos nas artes.

Diante de uma consciência da adaptação digital que transmutamos nesses últimos anos, muitos se questionam sobre os caminhos a navegar. Propomos então, a optarmos por utilizar uma visão que se distancia do olhar focado no avanço tecnomercadológico e nos atenta ao movimento contracultural que se instaura. Assim, acreditamos que poderemos enxergar as apropriações criativas e edificantes que os novos recursos comunicativos nos possibilitam no ciberespaço.

Esse movimento de metamorfose cultural se torna um assunto recorrente, quando nos sentimos em um estágio mutacional ao passarmos muitas horas absorvendo, divagando e nos entorpecendo com um zilhão de estímulos visuais e auditivos nos confins da internet. Alguns desavisados poderiam considerar isso uma perda, um empecilho como se ao mergulhar em uma avalanche de informações tais, perdessem o significado. Pelo contrário, nunca se colocou tanta pressão na informação, na popularização da mesma, na possibilidade de se tornar cada vez mais disponível e no poder do que poderia ser feito com ela. Nem na época de Gutemberg, líder da era da imprensa. Ao criar subitamente e subjetivamente realidades alternativas e digitais que podem ser acessadas em telas do mundo inteiro, os humanos estão migrando mais uma vez, desta vez para sub-terras e sub-águas digitais.

Somos criaturas engatinhando para criação de um universo de signos eletrônicos: o centro do mundo cibernético. Necessitamos de aparatos tecnológicos para adentrar ao novo mundo que se desenvolve rapidamente e não é à toa que a arte foi uma das primeiras hospedeiras dessa nova era.

Quando pensamos em Cibernética, pensamos em autoconfiança, autoconhecimento e independência individual. Tarefas que a arte em sua história teria muito que ingerir. Os CyberArtistas que ocupam a Xepa são pilotos de sua criatividade. Usam as aplicações eletrônicas, a novidade, as atualizações de ponta para criar obras de artes conectadas “para navegar em lugares dantes nunca navegados” como muito bem disse Timothy Leary.

Os artistas da Xepa.Gallery criam reversos ao metaverso, para nos aproximar, para nos fazer interagir com modelos de ser. Transitam por realidades alternativas e exploram virtualidades e potencialidades da linguagem digital.

curadoria: Mariana Braoio


Nenhum produto foi encontrado para a sua seleção.